quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Coragem



Coragem. Acho que é uma boa palavra pra começar. Ela tem me acompanhado nas escolhas que faço como um combustível. Optar em fazer um processo de coach, sem dúvida, também exigiu lançar mão deste recurso. Isso porque o coach auxilia a enxergar mais claramente nossos objetivos e nos preparar para atingi-los. Então, depois disso a escolha é do cochee com relação ao que fazer com o objetivo já clarificado e planejado. Acho bem difícil manter-se numa zona de conforto depois deste processo em que ficamos positivamente incomodados. 

O meu processo de coach ocorreu no momento em que eu estava fazendo a licença maternidade. Pode-se pensar que minha busca foi para planejar minha carreira junto ao exercício de ser mãe, mas não foi bem assim. A maternidade já estava tomando conta da minha vida de tal forma que estava me pondo em dúvida diante de tantas escolhas já tomadas pessoalmente e profissionalmente. Minha busca pelo coach foi para planejar uma pausa no trabalho e aproveitar este tempo para novos desafios e novas aprendizagens a favor da minha carreira.   

Nesta época minha filha estava com pouco mais de 2 meses e meu marido me fez uma proposta para mudarmos de país. Ou seja, sair por completo da zona de conforto para experimentar coisas totalmente novas. Num primeiro momento veio o medo. Tive dificuldade de enxergar como uma possibilidade real. Como eu poderia fazer uma mudança num momento de vida que “exige” estabilidade e ficar sem trabalhar por um tempo? Isso me deixaria fora do mercado de trabalho?

Num segundo momento, comecei a abrir espaço na zona de conforto pra pensar que seria uma experiência muito interessante e desafiadora. Só me senti mais confiante e decidida após ter feito o processo de coaching com a Kátia Magni. Não é uma tarefa fácil deixar um bom trabalho. Gostava muito das atividades que realizava, mas me permitir fazer uma grande mudança também poderia me fazer enxergar outras possibilidades profissionais. Fiz meu desligamento da empresa confiante de que poderia fazer esta pausa sem ficar fora do mercado de trabalho. Na realidade isto iria e está me enriquecendo como profissional.

O processo de coaching ocorreu no final de 2013 e em fevereiro de 2014 me mudei para a Irlanda. Meu primeiro grande desafio foi a língua, já que estava com um inglês super básico. Mas isso representava apenas o primeiro desafio e foi para o que me propus. Hoje, há quase 1 ano vivendo fora do Brasil, sinto que fiz uma boa escolha. No mínimo estou uma pessoa diferente. Meu inglês ainda está num nível básico, mas já consigo fazer algumas conversações e entendo melhor o que ouço. 

Ter mais tempo livre também me permitiu retomar um antigo hobby. Sempre gostei muito de escrever, mas a rotina tornava isso um pouco mais complicado. Aqui pude construir um blog para contar importantes momentos da vida da minha filha www.omundodasofia.tumblr.com, escrever os primeiros livros infantis, ainda não publicados, e começar a escrever para o blog da Kátia Magni. Escrever estes textos para diferentes destinos tem me auxiliado a desenvolver a competência comunicação de forma mais criativa e assertiva. 

A vinda para a Irlanda também tem me oportunizado conviver com pessoas de diferentes nacionalidades e trabalhar de forma muito intensa as relações interpessoais. Estar longe da família e amigos faz com que você precise se questionar e flexibilizar seus comportamentos e seu jeito de pensar. As referências culturais tão arraigadas estão distantes e isso possibilita o aprendizado. 

Morar na Irlanda também tem facilitado as viagens pela Europa. É incrível como cada viajem te traz, com prazer, novas aprendizagens. Hoje percebo que não só a viajem em si, mas também a própria organização prévia te expõe ao aprendizado, pois requer um planejamento econômico, gestão do tempo e pesquisa. A partir da lista de lugares que quero conhecer, inicio uma pesquisa para avaliar os itens que julgo necessários: passagens, acomodações e demais referencias do país. Após, executo um planejamento financeiro para que as viagens não sobrecarreguem o orçamento do mês. E, por fim, gosto de construir roteiros flexíveis. 

Não me imaginava fazendo este processo há 1 ano atrás. Acho que esse tipo de organização compõe uma nova competência na minha vida ou ao menos potencializada. Neste momento tenho como objetivo melhorar meu inglês e aprender com outras culturas o que podem me oferecer de diferente. Estes são grandes desafios, além de estar aqui com uma filha de 1 ano e 7 meses fora do meu país.   

Tenho aprendido com ela, vendo tantas vezes o filme Frozen que:  
“O medo faz escolhas onde o risco é menor”
Então, acho importante me questionar diante de cada decisão: Por que a fiz? O que ela vai me oferecer no futuro? 

A minha coragem pode estar facilitando boas e desafiadoras escolhas.

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